Em janeiro, indicador teve queda pelo décimo primeiro mês seguido. Também foi o maior recuo desde agosto de 2015, quando houve queda de 0,92%
14/03/2016 às 09:02 - Atualizado em 14/03/2016 às 10:33
Última vez que o indicador teve aumento foi em fevereiro de 2015, com alta de 0,47% sobre janeiro(Divulgação/Petrobras/VEJA)
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,61% em janeiro sobre dezembro, apontaram dados desassonalizados divulgados pelo BC nesta segunda-feira.
A expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de crescimento de 0,1% na comparação mensal em janeiro, segundo a mediana de 13 projeções. Na comparação com janeiro do ano passado, a retração é de 6,70% e, em doze meses, a contração é de 4,44%, também após ajuste sazonal.
A queda do indicador em janeiro marca o décimo primeiro mês seguido de contração na prévia do PIB. Também foi a maior retração mensal desde agosto do ano passado, quando houve recuo de 0,92%. A última vez que o indicador teve aumento foi em fevereiro de 2015, com alta de 0,47% sobre janeiro.
A retração reflete, principalmente, perdas nos setores de varejo e serviços, que iniciaram o ano com queda de 1,5% em janeiro sobre dezembro e de 5% sobre janeiro de 2015, respectivamente.Isso ofuscou a alta inesperada de 0,4% na produção industrial em janeiro sobre dezembro, dado positivo, mas que não indica mudança de tendência no setor.
O economista do Goldman Sachs Alberto Ramos afirmou em nota que o dado surpreendeu negativamente, e que a expectativa é de novo recuo do IBC-Br em fevereiro, em meio a um ambiente marcado por inflação alta, condições mais duras de financiamento e deterioração do mercado de trabalho.
"Do lado positivo, uma taxa de câmbio mais competitiva e uma fraca demanda doméstica deverão gradualmente elevar a contribuição das exportações líquidas para o crescimento e fornecer um piso para a contração esperada para o PIB nos trimestres à frente", destacou.
O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima, apontou em relatório que o índice deverá seguir mostrando piora no acumulado em 12 meses "até mais ou menos o terceiro trimestre de 2016, quando, com a base fraca de comparação, algum alívio deve se dar".
O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve retração de 3,8%, a maior queda em 25 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para 2016, o mercado financeiro acredita que o PIB terá novamente forte retração. A expectativa de analistas ouvidos pelo BC na semana passada em pesquisa Focus é de uma contração de 3,54%.
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