24/02/2016 - 19h13 | Atualizado em 24/02/2016 - 19h49
Caso confirmado, resultado será de R$ 44,6 milhões; em 2015, avanço da receita do setor foi de 15%
No ano passado, o setor teve aumento de 3 por cento no número de consumidores que fizeram compras online
Foto: Dreamstime
SÃO PAULO - As vendas online no Brasil devem crescer 8 por cento em 2016, ante aumento de 15 por cento em 2015, estima a e-bit/Buscapé, no que seria o primeiro aumento de um dígito desde 2001 em meio a um cenário de crise econômica.
Caso o desempenho estimado seja confirmado, o faturamento do setor este ano será de 44,6 milhões de reais, explicado pelas dificuldades do atual cenário macroeconômico, com altos índices de inflação e desemprego, disse à Reuters o vice-presidente de relações internacionais da Buscapé Company, Pedro Guasti.
"Como o setor ainda é recente no país, apresentava crescimento muito expressivo. Ano passado, vimos resultados muito ruins no varejo restrito e mesmo neste cenário o e-commerce apresenta perspectiva de crescimento e, dessa forma, aumenta sua participação no mercado. Em 2015, essa participação foi de 3,3 por cento e a projeção é de 3,8 por cento para 2016", afirmou Guasti.
No ano passado, o setor teve aumento de 3 por cento no número de consumidores que fizeram compras online, totalizando 39,1 milhões de pessoas, especialmente devido à menor participação da classe C no mercado e à inflação, que elevou os preços em 8,94 por cento, em média, de acordo com o relatório WebShoppers divulgado nesta quarta-feira.
Por outro lado, o gasto médio com as compras subiu 12 por cento em relação a 2014, para 388 reais, e a previsão para 2016 é que cresça 8 por cento, para 419 reais, em uma indicação de que o consumo aumentou entre os consumidores com renda mais alta.
A utilização de dispositivos móveis nas compras do setor correspondeu a 14,3 por cento do faturamento em 2015, ante 9,1 por cento em 2014, e deve subir para 18,5 por cento em 2016, disse Guasti.
"Esse crescimento se explica pelo aumento da base de usuários de smartphone no Brasil, do uso de 3G e 4G em algumas cidades e também de investimentos em tecnologia pelas grandes lojas, que criaram sites responsivos e aplicativos".
Reuters
Matéria retirada do site:
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