O documento coloca a ciência e o progresso ao lado da fé e da ética. Os dados estão inteiramente de acordo com a melhor pesquisa atual
Roma, 18 de Junho de 2015 (ZENIT.org) Sergio Mora | 462 visitas
O professor Hans Joachim Shcellnhuber, do Instituto Potsdam para o Impacto climático e investigação, tomou a palavra durante a apresentação da encíclica, “a primeira encíclica que tem um power point na na apresentação", disse.
Acrescentou que o documento papal é inteiramente único porque colocas duas vozes poderosas no mundo, de um lado a fé e de outro lado a ciência.
Às vezes se diz, indicou o cientista, que “o clima mudou sempre nas épocas, mas a mudança recente é muito diferente da dos milênios anteriores”; e mostrando alguns gráficos mostrou, por exemplo, a estabilidade dos últimos 11 mil anos, o que permitiu a agricultura, entre outras coisas.
Disse que as mudanças climáticas dependem dos três fatores, da órbita da Terra, às vezes diferente, em torno do Sol, as pequenas mudanças de grau no seu eixo, o que causa alterações. E depois, o efeito estufa.
Também mostrou um gráfico com o resumo de milhares de dados sobre os mares. Começou da revolução industrial na Inglaterra e na Europa, à qual se acrescenta Estados Unidos, a assim o resto dos países, chegando à China que em 20 anos coincide com o resto pelas emissões de carbono
Em seguida, mostrou a diferença de receitas e a relação de produção de carbono relacionado com a riqueza. Os pobres contaminam pouco, indicaram os gráficos, enquanto que o consumo dos países ricos muitíssimo mais. Concluiu que para o final deste século se espera um aquecimento de até 5-7 graus.
Tudo o que está na encíclica está de acordo com as provas científicas, disse o estudioso.
Foram apresentados também gráficos sobre a temperatura, que para o final do século se calcula um aquecimento que somente se registrou em milênios. E disse que o aquecimento global não será gradual, mas que será rápido e irreversível.
Tem-se o consenso de que a temperatura pode subir dois graus, recordou. E acrescentou: “Pensem na temperatura do corpo, e dois graus já é febre, cinco a mais e a pessoa está morta. Indicou que “afetará as selvas e perderemos as calotas polares". Considerou que estamos muito além do ponto de retorno.
O aumento de um metro no nível do mar, se continuar assim, produziria, por exemplo, os furacões. E enquanto 20 mil anos atrás tínhamos 4 graus a menos, no final deste século poderão ser 5 ou 7 a mais.
A encíclica traz duas grandes mensagens, concluiu o professor do Santa Fe Institute for Complex Systems Research dos EUA: um é o da razão e do progresso e outro o da ética, da fé e dos valores cristãos. Por isso ao Cântico das Criaturas é adicionado a parte científica.
(18 de Junho de 2015) © Innovative Media Inc.
Texto retirado do site: http://www.zenit.org/pt/articles/laudato-si-a-primeira-enciclica-com-dados-cientificos
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