25/05/2015 19h46
Brasília
Anne Warth
A atividade da indústria da construção civil continua caindo e as expectativas dos empresários indicam que o cenário ainda pode piorar nos próximos meses. O nível de atividade do setor atingiu o menor nível de sua história, segundo a Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador que mede o nível de atividade efetivo em relação ao usual chegou a 29,4 pontos em abril, ante 30,6 pontos em março. Em abril do ano passado, o índice estava em 42,6 pontos.
A série da CNI tem início em dezembro de 2009 e, pela metodologia utilizada, os valores variam de zero a 100 pontos, sendo que números abaixo dos 50 pontos apontam um cenário de queda. O indicador sobre número de empregados também caiu para 36,3 pontos, ante 37,2 pontos em março. Em abril do ano passado, ele estava em 46,3 pontos. O nível de atividade atingiu 36,5 pontos, ante 37,9 em março e 45,4 em abril de 2014. Já o Uso da Capacidade de Operação (UCO) se manteve nos mesmos 60% verificados em março. Em abril do ano passado, ele estava em 69%.
Futuro
As expectativas dos empresários em relação aos próximos seis meses também pioraram de forma generalizada. O Índice de Intenção de Investimento caiu 5,1 pontos no mês e atingiu 29,3 pontos, também o menor valor da série histórica. A intenção de investimentos caiu em empresas de todos os portes e setores da construção. Em abril, ele estava em 34,4 pontos, e em maio de 2014, 46,6 pontos.
O indicador de expectativas sobre o nível de atividade caiu para 40,4 pontos, ante 44,1 pontos em abril; o de novos serviços e empreendimentos recuou para 39,5 pontos (43,1 no mês passado); o de compra de insumos e matérias primas caiu em 38,7 pontos (43,5 pontos no mês anterior); o de número de empregados recuou para 38,4 pontos (42,6 pontos em março). A pesquisa foi realizada entre 4 a 13 de maio com 595 empresas, sendo 197 pequenas, 269 médias e 129 grandes.
AE
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