Redação // sexta, 02/09/2016 17:23
Por Adriano Chemin*
A transformação digital de qualquer empresa começa com a necessidade de fazer a pergunta mais simples de todas: o que os outros estão fazendo e eu não? Mas ao pensar que a tecnologia deve ser o próximo passo dessa transformação, surgem mais perguntas do que respostas.
Adriano Chemin, VP de technology transformation (ERP, HCM, SCM), da Oracle. Foto: Divulgação.
É importante voltar às bases, pois estamos rodeados constantemente por uma avalanche de informações, muita inovação, além da internet e redes sociais, e não podemos perder o foco daquilo que é essencial. Para adotar novas tecnologias de forma mais eficiente, os primeiros passos são os mais cruciais. Em especial quando uma mudança tão profunda, como a chegada de sistemas de gestão empresariais (ERP) na nuvem começa a quebrar antigos paradigmas.
É preciso antes de tudo entender que a ideia de integrar em um único sistema todos os processos de negócios era visto como algo impossível para as companhias de pequeno e médio portes. Mas a evolução da tecnologia chegou a um ponto que isso não só é possível, mas também extremamente eficiente, se segurimos alguns caminhos iniciais.
Migrar para uma nuvem ERP não é um tema simples. Os gestores devem ter uma boa visão das suas necessidades para buscar diferentes opções e estabelecer uma estratégia sólida. Estar na nuvem simplesmente não é mais uma opção, é cada vez mais relevante entender como uma empresa pode migrar. E isso se dá com três passos essenciais:
1. Compreender desde o começo o valor da nuvem para a empresa
Muitas empresas pensam que a nuvem só serve para reduzir custos e não investem o tempo necessário para comparar os processos tradicionais com os benefícios inerentes de uma estrutura em cloud que é flexível por natureza. É importante também entender tudo que a migração incorpora. Assim, antes de migrar, é indispensável ter em mente o modelo de negócio e como a nuvem pode adaptar às necessidades da empresa.
Com uma visão completa do projeto, a implementação não somente é mais ágil e se traduz em retorno sobre o investimento muito rapidamente, como também a empresa terá mais facilidade em mensurar os benefícios e angariar a adesão dos colaboradores ao novo modelo.
2. Adotar um enfoque gradual e repetitivo para a implementação da nuvem
Uma das grandes vantagens da nuvem é que o modelo evita a instalação de softwares adicionais, o que simplifica bastante a mudança. Mas é importante realizar testes e comparações com os processos tradicionais e realizar a transição aos poucos, de maneira segura e controlada. Isso ajuda a garantir a continuidade dos negócios e a eficiência operacional.
Vale lembrar também que, em uma implementação de nuvem, os provedores continuam melhorando os seus sistemas, eliminando quase por completo a necessidade de espera pelo próximo ciclo de lançamentos e atualizações para realizar melhorias.
3. Deve-se começar com a configuração, e não com a personalização
Para se manter um passo à frente, é necessário ter um diferencial que dá às empresas uma vantagem competitiva em termos de produtividade, eficácia e configuração de processos.
Uma solução ERP Cloud pode facilitar essa distinção, e as empresas podem fazê-lo através de um provedor de nuvem que permite configurar o ambiente com a certeza de que as configurações podem ser atualizadas, ou até mesmo trabalhar em estreita colaboração com um parceiro de implementação para compreender as vantagens disponíveis no sistema e como ele pode fornecer os relatórios e análises que o gestor precisa.
Podemos dizer que a nuvem se identifica mais com a configuração do que com a personalização. E, devido ao fato de que podemos realizar poucas mudanças no sistema, os processos de negócios tendem a se padronizar e otimizar, gerando melhoras na produtividade e maior eficiência.
Finalmente, toda mudança requer um o apoio de um parceiro ou equipe totalmente focada na nova fase da empresa. A transformação digital vai além da migração para mudar os sistemas, é uma evolução empresarial que envolve cada um dos colaboradores para uma mudança, não só de processos, mas também de cultura.
* Adriano Chemin é vice-presidente sênior de technology transformation (ERP, HCM, SCM), da Oracle para a América Latina.
Matéria retirada do site:
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