Reguffe critica governo por autorizar aumento no preço dos remédios

O governo malandramente se aproveitou que estão todos holofotes nessa crise e autorizou um aumento no preço dos remédios de 12,5%. Um aumento maior inclusive que a inflação do período que foi de 10,36%. O que tinha que ser feito no Brasil é o oposto: é retirar os impostos dos remédios para que a população possa comprar medicamentos por um preço mais acessível. Protocolei no Senado na minha primeira semana como senador a PEC 2/15, que proíbe a tributação sobre remédios no Brasil. Enquanto em países como Inglaterra, Canadá e Colômbia não se cobram impostos sobre remédios; no Brasil, 35,7% do preço de um remédio são apenas impostos. O governo concedeu uma isenção fiscal para as montadoras de automóveis de R$ 20 bi, quatro vezes o valor que custaria retirar todos os impostos dos remédios, de acordo com uma resposta formal do governo a um requerimento de informações meu. E no Brasil existe controle de preço sobre medicamentos. No site da Anvisa tem o nome de todos os remédios e o preço máximo que pode ser cobrado ao consumidor final de cada um. É só o governo reduzir o preço máximo na mesma proporção da isenção que ainda teríamos a garantia de que toda a isenção seria revertida diretamente para o consumidor final (ao contrário dos automóveis que uma parte vai para o preço, mas uma outra vai para o lucro das montadoras). Ninguém compra remédio porque quer, compra porque precisa. O correto seria o governo distribuir remédios gratuitamente para toda a população, mas na impossibilidade disso, o mínimo que o governo deveria fazer é não tributar os remédios.










Texto retirado da página do Facebook do Reguffe