GERAL - 22/03/2016 13h06
Alunos de ensino médio do Distrito Federal estão há quase uma semana com as aulas reduzidas pela metade, desde que a escola foi interditada por problemas estruturais. Os 550 estudantes do Centro Educacional 7, em Taguatinga, foram transferidos para o Instituto Federal de Brasília (IFB), que disponibilizou oito salas para as 16 turmas.
Em dias normais, os alunos assistem a seis aulas entre 7h15 e 12h15. Com a mudança, parte dos estudantes está em sala de aula de 7h15 às 9h40, e os demais, de 9h50 às 12h15. Com o conteúdo reduzido pela metade, alunos temem dificuldades na preparação para o vestibular e para o Enem.
A diretora da unidade, Ana Célia Sousa, afirmou ao Site que há um sistema "sendo finalizado" para que o restante do conteúdo didático seja transmitido pela internet. Até a manhã desta terça (22), o ambiente virtual ainda não estava funcionando. Dois laboratórios de informática do IFB poderão ser usados pelos alunos, segundo ela.
"Faremos uma avaliação na semana que vem, para saber se está tendo a parceria da família, dos alunos. Todo mundo está envolvido para que não haja esse prejuízo, porque a previsão é que [a reforma] dure entre 10 e 45 dias úteis", diz Ana Célia.
O CED 7 foi interditado na última quarta-feira (16) pela Defesa Civil, que identificou uma série de pequenos curtos-circuitos na rede elétrica, infiltrações nas paredes e riscos a alunos e professores. Segundo a diretora, um professor e uma servidora foram atingidos por choqueselétricos há poucos meses.
O Site questionou a Secretaria de Educação sobre o prazo para que as aulas virtuais comecem a funcionar e o impacto da mudança na aprendizagem dos alunos, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Os blocos interditados pela Defesa Civil estão em reforma, mas a pasta não informou quando os estudantes poderão retornar à unidade.
Estrutura precária
O presidente do Tribunal de Contas do DF, conselheiro Renato Rainha, e técnicos da corte fizeram uma visita ao CED 7 nesta terça-feira. A vistoria faz parte do acompanhamento de uma auditoria realizada em 2014, que recomendou reparos e reforços estruturais em toda a rede pública de ensino da capital.
As fiações elétricas estão expostas em todos os quatro blocos da unidade, incluindo os que não foram incluídos na reforma em andamento. Segundo a direção da escola, um dos operários quase foi atingido pelo desabamento do forro de uma das salas, logo no primeiro dia de obras.
"Existe problema não apenas estruturais, nas obras, mas problemas desegurança também. Quando se faz uma determinação para a correção das falhas, é de forma geral. A gente verifica a qualidade do ensino, do prédio, a segurança, as condições de educação. Espero que a Secretaria de Educação já esteja adotando providências e, agora, adote com ainda mais eficiência", diz Rainha.
Na próxima semana, o secretário Júlio Gregório deve ser convocado a prestar esclarecimentos ao Tribunal de Contas. A corte investiga o que foi feito nos últimos dois anos para reforçar a estrutura das escolas e evitar riscos a servidores e alunos. O presidente não quis adiantar aoSite que tipo de sanção poderá ser aplicada ao GDF, caso a recomendação não esteja sendo cumprida.
Matéria retirada do site:
Link encurtado: http://adf.ly/1YfKyN/diversos-temas
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