O governo federal decidiu autorizar a construção e exploração de um novo terminal portuário no Rio de Janeiro, com investimento na ordem de R$ 610 milhões. No próximo dia 15, o ministro da Secretaria de Portos da Presidência, Helder Barbalho, assinará o contrato que permitirá a empresa Brasil Port Logística Offshore construir e explorar o terminal portuário no município de São João da Barra, na região Norte do Rio de Janeiro.
O novo Terminal de Uso Privado (TUP) será feito na área de Porto do Açu, ambicioso empreendimento logístico elaborado por Eike Batista, e tocado na época pela sua empresa LLX Logística. Depois que as empresas de Eike desmoronaram e seu império bilionário se desfez, o Porto do Açu passou para o controle da EIG Global Energy Partners LLC. A Prumo Logística, que é controlada pela EIG, hoje é quem administra o Porto de Açu. Eike detém apenas uma fatia minoritária do empreendimento, que foi um de seus projetos mais ambiciosos.
Embora esteja dentro do Porto do Açu, a área que será utilizada para construir e explorar o novo terminal representa um projeto diferente dos que existem na região e com outros investidores à frente. Na prática, estarão sendo sublocados trechos em Açu que não estão sendo explorados para que o novo empreendimento possa ser implementado. A localização é considerada estratégica pela proximidade geográfica com os campos petrolíferos mais produtivos do País e por ter bastante espaço para expansão.
Assim, os navios que aportarem no futuro terminal vão utilizar o canal de acesso do Porto do Açu. Mas as operações de embarque e desembarque serão feitas diretamente no porto privado que a Brasil Port vai construir no seu futuro terminal.
A expectativa é que o novo terminal movimente e armazene cerca de 609 mil toneladas de carga geral, 27 mil toneladas de granel sólido e 243 mil metros cúbicos de granéis líquidos por ano. O terminal também será destinado a manutenção e reparo de embarcações. O local terá cerca de 575 mil m².
O governo vê no setor a possibilidade de atrair novos investimentos para ajudar a aquecer a economia do País. Embora a exploração de terminais não ajude tanto na geração de empregos, por conta de sua grande mecanização, a construção da obra física trará benefícios para a criação de postos de serviço. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
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