04/02/2016 11h37 - Atualizado em 04/02/2016 12h44
145,1 mil unidades foram produzidas no Brasil em janeiro.
Em relação a dezembro, houve avanço de 1,6%.
Luciana de OliveiraDo G1, em São Paulo
Funcionário trabalhando em fábrica de automovéis em São Paulo (Foto: REUTERS/Nacho Doce)
A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil começou 2016 agravando o declínio de 22,8% registrado em 2015. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pela associação de fabricantes (Anfavea), saíram das fábricas instaladas no país 145,1 mil unidades, contra 203 mil em janeiro do ano passado, o que representa queda de 29,3%.
O resultado de janeiro colocou a produção de janeiro em nível semelhante ao registrado em 2003, por causa da necessidade de ajustar os estoques, segundo Luiz Moan, presidente daAnfavea.
Cerca de 254 mil veículos estavam nos pátios da montadoras e concessionárias, no final de janeiro, o que daria para 49 dias de vendas no ritmo atual, enquanto o ideal seria ter em torno de 30 dias no máximo.
Já em relação a dezembro, que somou 142,8 mil unidades, houve um pequeno avanço de 1,6% na produção.
Vendas
Os licenciamentos apresentaram queda maior, de 38,8%, em linha com os números divulgados pelos concessionários no início da semana. Para Moan, o resultado ruim já era esperado.
"(O declínio) Era previsto porque a base de comparação com o primeiro trimestre do ano passado era bastante inchada porque ainda tínhamos carros com desconto no IPI", afirmou o executivo.
Após desonerações do governo federal, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) voltou às alíquotas regulares em 1º de janeiro de 2015, mas veículos faturados em dezembro ainda eram encontrados mais baratos nas lojas.
Emprego
Em 1 ano, cerca de 14,8 mil trabalhadores da indústria automotiva perderam seus empregos. No total, as fábricas empregam atualmente 129,4 mil pessoas, ante 144,2 mil em janeiro do ano passado. A redução da força de trabalho foi de 10,2% no período, informou a Anfavea.
Além disso, 41.900 funcionários estavam com alguma redução da jornada no final de janeiro, sendo 6.300 com a suspensão temporária dos contratos (lay-off) e 35.600 dentro do Plano de Proteção ao Emprego (PPE), proposto pelo governo federal para evitar demissões.
Expectativa
Para 2016, a Anfavea estima um acréscimo de 0,5% na produção brasileira, puxada por caminhões e ônibus, para 2,44 milhões de unidades. Já os emplacamentos devem cair 7,5% no total. Parte da produção será destinada a exportação, que deve fechar o ano com alta de 8,1% em relação a 2015.
Matéria retirada do site:
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