Edição do dia 26/02/2016
26/02/2016 21h37 - Atualizado em 26/02/2016 21h38
Disputa entre a Apple e o FBI gera debate sobre privacidade e segurança
FBI quer acessar celular de terrorista, mas a Apple diz que teria que criar um sistema que poderia acessar qualquer iPhone no mundo.
Nos Estados Unidos, a disputa jurídica entre a empresa de tecnologia Apple e a polícia federal americana gerou um debate sobre privacidade e segurança.
A maior biblioteca que você já visitou está na palma da sua mão. Pensa comigo: uma das estantes mostrada no vídeo é guardada por um segredo numérico. Ali estão seus dados mais pessoais. E esses dados estão entre os bens mais valiosos do mundo contemporâneo. A quem você confiaria essa senha de acesso? A uma empresa ou ao governo?
Um capítulo dessa questão difícil de resolver começou em dezembro do ano passado. Syed Rizwan Farook e a mulher mataram 14 pessoas e feriram 22, num atentado terrorista na Califórnia.
Agora, o FBI, a polícia federal americana, quer acessar o celular do terrorista. Mas a Apple, a fabricante do celular, bate o pé pra não liberar o acesso. Pra ver os dados, a empresa afirma que teria que criar um novo sistema operacional.
Que poderia ser usado pra acessar qualquer Iphone no mundo. Abriria uma "entrada de emergência" que poderia ser usada pro bem ou pro mal.
O FBI jura que só usaria essa vez. Mas a Apple diz que quer garantir a segurança dos donos de celulares pelo mundo todo.
É o FBI contra a Apple num embate que o espião Edward Snowden, direto de Moscou, chamou de “o mais importante caso da década”.
A Apple diz que nem ela mesma tem acesso ao conteúdo que tá no celular. Que tem acesso ao conteúdo que fica na chamada nuvem, os computadores da empresa que armazenam dados de cada telefone - essas informações a empresa já passou pro FBI. Mas não as que estão apenas dentro do aparelho do terrorista.
Aliás, só nos primeiros seis meses de 2015 a Apple recebeu quase 11 mil pedidos de agências de governos do mundo todo pra liberar informação de mais de 60 mil aparelhos. Colaborou em sete mil e cem casos.
Mas agora diz que o governo está indo além: quer a chave mestra de acesso aos telefones.
Outros gigantes da informática como Microsoft, Google, e Facebook, prometem apoiar a Apple na justiça, em defesa da privacidade dos clientes.
O medo é que para entrar no celular de um terrorista, a empresa tenha que criar um sistema que ela própria chamou de "câncer".
Matéria retirada do site:
Link encurtado: http://adf.ly/1XXBzS/diversos-temas
Nenhum comentário:
Postar um comentário