Por Ansa | 30/01/2016 12:37 - Atualizada às 30/01/2016 12:47
Protestos são contra projeto que tramita na Itália e quer ampliar direitos dos homossexuais e legalizar a união estável
Milhares de pessoas estão protestando em Roma neste sábado (30) em prol do que chamam de "família tradicional" e pedindo que a lei da união civil de homossexuais não seja aprovada no Parlamento.
Os organizadores do "Family Day" (Dia da Família) informaram que 1,5 mil ônibus de todas as regiões italianas estão se dirigindo para áreas próximas ao Circo Máximo e que mais de um milhão de pessoas estarão presentes na manifestação. O protesto é organizado pelo grupo "Defendemos nossos filhos" e algumas organizações católicas, mas sem o apoio oficial do Vaticano.
"Hoje, muitíssimos italianos estarão em Roma para lembrar àqueles que os governam e que nos representam que a Constituição ainda está à espera da implementação da lei de que a família é fundada sobre o matrimônio, 'associação natural' entre uma mulher-mãe e um homem-pai, abertos à vida, e também premissa essencial e promessa de futuro para uma ampla comunidade civil", escreveram os organizadores do "Family Day" em sua página no Facebook.
O projeto em tramitação no Parlamento da Itália, de autoria da senadora Monica Cirinnà, do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), prevê a possibilidade de que homossexuais registrem os filhos de seus parceiros, mas apenas na ausência do outro pai biológico. No entanto, casais de gays ou lésbicas continuariam proibidos de adotar crianças.
Além disso, a nova lei inclui uma equiparação de fato entre matrimônio e união civil, mas apenas esta última seria acessível aos homossexuais. Até o momento, cerca de seis mil emendas ao projeto já foram apresentadas, sendo aproximadamente cinco mil do partido de extrema-direita Liga Norte. Tal tática é usada pela oposição para obstruir medidas defendidas pelo governo no Congresso. A Itália é um dos poucos países europeus que não permite a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Matéria retirada do site:
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