Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se comprometeu a fazer análise técnica da solicitação do Movimento Brasil Livre (MBL)
Fernando Diniz
Direto de Brasília
27 MAI2015
16h42
atualizado às 17h28
Manifestantes do Movimento Brasil Livre (MBL) protocolaram na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (27), um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Deputados da oposição disseram que o grupo recebeu a garantia do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de uma análise técnica.
Integrantes do MBL pedem impeachment de Dilma Rousseff
“O presidente deixou claro que vai ter de se debruçar sobre o pedido de impeachment, pedir para a assessoria técnica da Casa, além de pareceres de fora da Casa para se decidir favorável ou contrário”, disse o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP).
Os pedidos de impeachment podem ser apresentados por qualquer cidadão brasileiro. Cabe ao presidente da Câmara decidir se o processo é arquivado ou não.
Eduardo Cunha (sentado na ponta) com integrantes do MBL e deputados de oposição
Foto: Facebook / Reprodução
Afagado por líderes da oposição, o MBL apresentou o pedido, sustentado em pareceres de juristas como Ives Gandra e Modesto Carvalhosa, depois de uma marcha de São Paulo até Brasília. O texto tem 3 mil páginas e recebeu 2 milhões de assinaturas, segundo os organizadores. Um dos fundamentos jurídicos é a “pedalada fiscal” do governo Dilma Rousseff, que consiste no atraso do repasse de dinheiro do Tesouro Nacional aos bancos públicos.
“Eduardo Cunha se comprometeu a analisar tecnicamente e não engavetar automaticamente, como fez com os outros. Agora continuamos com uma pressão no Congresso para que seja colocado em pauta”, disse Kim Kataguiri, um dos líderes do movimento.
Terra
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