por Pe. Sérgio Gheller (Rádio Migrantes Espanhol ), dia 02/04/2015 às 10:41
O número de solicitantes de refúgio que migraram de forma forçada do Paquistão chama atenção em Brasília. O grupo de candidatos a refúgio está concentrado em Samambaia-Sul, cidade satélite de Brasília e relata em geral, casos de perseguição pelo grupo extremista árabe Talibã.
A maioria dos solicitantes de refúgio é do sexo masculino e deseja trazer a família para o Brasil, embora o processo de concessão do refúgio seja muitas vezes demorado e burocrático.
A grande dificuldade destes candidatos a refúgio é o aprendizado da língua que enquanto não se concretiza, cria sérias dificuldades de inserção no mercado de trabalho, por causa das barreiras de comunicação. Além disso, os paquistaneses são um grupo que apresenta muitas diferenças culturais do Brasil.
Núcleos de ensino gratuito da língua portuguesa tem sido abertos pelo Instituto de Migração e Direitos Humanos, IMDH, em parceria com a Universidade de Brasília, UNb, para ajudá-los que a superar a barreira do idioma e encontrar trabalho o mais rápido possível.
Em Brasília, o comportamento da migração internacional e solicitação de refúgio foi intensificado a partir de 2010 com a chegada dos haitianos, um fluxo que se manteve nos anos seguintes, mas que deu lugar em seguida à comunidade dos imigrantes senegaleses, bastante representativa. A maioria veio com a Copa do Mundo e permaneceu.
E atualmente, os paquistaneses chamam a atenção, como relata a Diretora do IMDH, irmã scalabriniana Rosita Milesi.
A Rede Casas do Migrante dos Missionários Scalabrinianos também tem oferecido regularmente aulas de língua portuguesa e de outros idiomas para os imigrantes internacionais.
De acordo com a legislação brasileira, o protocolo emitido pela Polícia Federal para o solicitante de refúgio funciona como um documento de identificação, dando direito à emissão da Carteira de Trabalho, ainda em caráter provisório.
As nacionalidades que mais tem refugiados no país são por ordem- a Síria: 1.739; Angola: 1.071; Colômbia: 834, RDC 799 e Líbano: 393.
Roseli Lara
Texto retirado do site: http://rcr.org.br/noticias/ver/cresce-solicitacao-de-refugio-de-paquistaneses-em-brasilia
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