Hoje às 09h22 - Atualizada hoje às 12h45
Objetivo é contar a queda no preço da commodity. Irã resiste em aderir ao pacto
Nesta terça-feira (16), a Arábia Saudita e a Rússia - dois maiores produtores de petróleo do mundo - fecharam acordo para congelar a produção da commodity no nível de janeiro. O acordo condiciona o congelamento ao compromisso dos demais países produtores. Representantes dos dois países participaram de uma reunião juntamente com Qatar e Venezuela, e avaliaram que manter o patamar produtivo de janeiro é o mais adequado para manter a demanda dos consumidores e, assim, conter a derrubada dos preços do barril. Logo após o anúncio, o barril do Brent subia 2,4% em Londres, para US$ 34,20.
Apesar do anúncio dos principais países produtores, o Irã se pronunciou nesta terça-feira afirmando que não irá abrir mão de sua fatia no mercado global de petróleo.
O ministro iraniano da área de petróleo, Bijan Zanganeh, destacou que o mercado está enfrentando um excedente, mas reforçou que seu país "não irá subestimar sua fatia". Ele vai se encontrar com os ministros da Venezuela e do Iraque em Teerã na quarta-feira. Fontes indicam que o Irã quer que sua própria produção atinja as taxas pré-sanções.
Objetivo do acordo é conter a queda no preço do barril do petróleo
A Arábia Saudita produziu 10,2 milhões de barris por dia em janeiro, segundo a Agência Internacional de Energia. Já a Rússia produziu quase 10,9 milhões de barris diários no mesmo mês.
O ministro de Energia do Qatar e presidente de turno da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad bin Saleh al-Sada, afirmou que o país vai monitorar o acordo de congelamento da produção.
Nas últimas semanas, o ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio Del Pino, tem visitado os principais países produtores, divulgando a ideia de congelamento do nível de produção para evitar a queda nos preços no petróleo. Nos últimos meses, devido ao crescimento na produção, o barril caiu mais de 70% em comparação ao pico registrado em junho de 2014
Mohammad bin Saleh al-Sada adiantou esperar que os outros países produtores de petróleo, sejam ou não membros da Opep, apliquem a mesma iniciativa. O ministro anunciou que liderará uma ronda de contatos com outros países como o Irã e o Iraque.
Matéria retirada do site:
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